UMA NOITE NA TAVERNA

Sempre tão inconstante e imprevisível é difícil saber o momento em que a poesia fará parte da sua vida e lhe emprestará sentido e beleza. No entanto, neste sábado, dia 27 de agosto, ela tinha hora e lugar marcado com aqueles que foram ao seu encontro no Bistrô das Artes aceitando esse convite ou caprichosamente por obra do destino.  Quem lá chegou por volta das 20 h pôde pressentir a presença misteriosa da Poesia em um cenário rústico iluminado a luz de velas cuidadosamente preparado pelo Atelier de Artesanato e Decorações Rústicas Santa Terezinha. Da madeira a decoração passa-se sutilmente ao pinho do violão que anuncia o que está por vir dedilhando o clássico do violão erudito “Romance de Amor” perfeitamente executado pelos alunos da Escola de Música Tocando em Frente. Inicia-se assim o Sarau Literário “Uma Noite na Taverna” onde a poesia ora passeia através dos poemas de Alvarez de Azevedo, Vinicius de Moraes, Camões, Goethe e Mário Quintana, ora dança nas músicas de Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Nino Rota, Noel Rosa, Toquinho e Djavan. O Sarau Literário teve como tema a essência do Romantismo e antes da poesia vir a esse encontro foi-se primeiramente ao encontro dela através de um informal grupo de estudos sobre o Romantismo organizado e coordenado pela Professora de Língua Portuguesa  Daniela Zenni. Finalizando esse encontro, cada pessoa presente no local teve ao alcance das mãos um poema que espontaneamente pôde partilhá-lo com todos sob o fundo musical da Professora Lires,Oliveira Jorge.Professora de Canto, Teclado e  Piano da Escola “Liras” em Guaratuba e há três meses na Escola  de Música Tocando em Frente. Como é de sua índole a noite começa para todos no mesmo momento e termina nas mais variadas horas, e é realmente difícil querer ver o seu fim quando se está em presença de pessoas que partilham as mesmas idéias e ideais e  ainda em um ambiente agradável e de bom gosto regado com boa gastronomia como o Bistrô das Artes.  Este foi o resultado de uma semente de poesia plantado em um fértil canteiro de arte e cultura e cuidadosamente cultivado por todos aqueles que valorizam e necessitam destas para sentirem-se vivos. 

Fonte e fotos: Professor Helmuth Kirinus